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Dólar volta para o patamar de R$ 5. A moeda pode subir mais?

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Dólar Alcança Novo Patamar em Meio a Sinais do Fed

Na última quarta-feira (27), o dólar brasileiro ultrapassou a marca dos R$ 5, atingindo o maior valor desde junho, com cotação de R$ 5,05. Esse movimento de apreciação da moeda norte-americana foi impulsionado pelas declarações do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que indicou a intenção de manter as taxas de juros elevadas como medida para conter a inflação.

Impacto da Política Monetária do Fed na Cotação do Dólar

A sinalização do Fed sobre a manutenção das taxas de juros em patamares elevados por um período prolongado gerou preocupação nos mercados. Esse cenário criou uma pressão altista sobre a cotação do câmbio, uma vez que atrai investidores para títulos de renda fixa nos Estados Unidos em busca de rendimentos mais atraentes.

Diego Costa, chefe de câmbio para as regiões Norte e Nordeste da B&T Câmbio, observou que o Fed está indicando a possibilidade de uma taxa de juros neutra mais alta nos Estados Unidos, o que implica um período prolongado de aperto monetário. Isso impactou também o rendimento dos Treasuries de 10 anos, os títulos do Tesouro dos EUA, que atingiram 4,56%, o maior nível desde 2007.

Dólar Forte em Comparação com Moedas Emergentes

A apreciação global do dólar se destacou, especialmente em relação às moedas de países emergentes. Isso ocorreu porque os investidores optaram por evitar exposição devido à incerteza relacionada aos indicadores econômicos a serem divulgados no Brasil, como o Relatório Trimestral de Inflação, o Índice de Preço ao Produtor (IPP) e a Taxa de Desemprego, previstos para os próximos dias.

Costa destacou a agenda econômica repleta de indicadores cruciais, principalmente relacionados à inflação. Esses indicadores têm o potencial de confirmar as preocupações do mercado ou acalmar as expectativas em relação ao câmbio.

Recuperação das Bolsas Globais e Desafios nos EUA

As bolsas globais mostraram sinais de recuperação em resposta às ações do governo chinês para estimular sua economia e ao acordo no Senado dos EUA para evitar uma paralisação econômica. No entanto, a agência de classificação de risco Moody’s enfatizou as preocupações em relação à intensificação da polarização política nos EUA, alertando sobre o possível impacto na classificação de crédito do país.

Investimentos em Dólar no Cenário de Queda dos Juros no Brasil

Com a queda dos juros no Brasil, os investidores estão observando atentamente as movimentações na taxa básica de juros, que pode chegar a 11,75% ao ano até o final de 2023, de acordo com projeções do Banco Central. Nesse contexto, os investimentos em dólar ganham atração.

Felipe Garran, professor na FIA Business School, enfatizou que os investimentos em dólar são direcionados pelo desempenho dos ativos e da própria moeda. Ele recomendou estratégias que aproveitem a alta da moeda americana, incluindo investimentos sem hedge cambial e a consideração de aplicações em BDRs (recibos de ações americanas).

Os Treasuries (títulos públicos dos EUA) também são uma opção atraente, pois o governo dos EUA está aumentando os leilões para conter a inflação, o que pode resultar em maiores remunerações para os investidores.

Em síntese, é notável que o dólar alcançou um novo e significativo patamar em relação ao real, principalmente em resposta aos sinais emanados pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, bem como às incertezas que permeiam o cenário econômico global. Esta elevação na cotação da moeda norte-americana vem ocorrendo em um momento em que a redução das taxas de juros no Brasil tem incrementado consideravelmente o apelo dos investimentos em dólar, atraindo a atenção dos investidores que agora estão em busca de estratégias para capitalizar sobre esse contexto peculiar e desafiador.
 
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